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No meio de várias teorias sobre como surgiu o vinho do Porto, acredita-se que este foi descoberto acidentalmente.
E é por isso que a casualidade é o primeiro dos quatro factos sobre os Vinhos do Douro.
No século XVII, Portugal foi escolhido pela Inglaterra para ser o seu principal fornecedor de vinhos.
Sendo que o vinho tinha que realizar longas viagens para chegar ao seu destino, os comerciantes ingleses acrescentavam aguardente nos barris para que o vinho mantivesse a sua qualidade durante a viagem.
Esta adição de álcool não só conservava a bebida, como também realçava o seu sabor.
E assim passou a adicionar-se aguardente aos vinhos durante a fermentação destes, para que se tornassem mais doces e para que tivessem um maior teor alcoólico.
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Não é por acaso que o Douro Vinhateiro possui os melhores vinhos do mundo.
Ao observarmos as paisagens durienses, verificamos que grande parte é constituída por xisto.
O xisto tem uma grande importância na produção dos vinhos do Douro. É a rocha dominante nos solos da região vinhateira.
Estas rochas armazenam calor durante o dia e distribuem esse calor pelo solo ao final do dia, quando fica mais fresco. Para além disso, também armazena a água da chuva, o que permite um desenvolvimento sustentado das videiras.
Rico em nutrientes, o xisto consegue reter a quantidade de humidade suficiente para permitir que as videiras sobrevivam nas temperaturas que se alcançam no Verão.
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A principal casta utilizada para a produção de Vinho do Porto é a Touriga Nacional, uma das castas mais conhecidas em Portugal.
No entanto, a mais plantada no Douro é a Touriga Franca. Conhecida como a “Princesa do Douro”, está presente em mais de 30% da região.
A Touriga Franca é uma das poucas castas portuguesas que agrada simultaneamente ao viticultor e ao enólogo. Enquanto uva tem pouco sabor, quando transformada em vinho passa a ser intensa e a oferecer uma grande qualidade de aromas e sabores.
Esta casta necessita de muito calor para que as suas uvas amadureçam, o que torna o Douro o lugar perfeito proporcionando o melhor clima para que estas uvas se tornem nos melhores néctares.
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Já se começa a produzir Vinho do Porto biológico em Portugal.
Uma das apostas do ramo é o Fonseca Porto Terra Prima. Este foi o primeiro Vinho do Porto a ser produzido utilizando apenas uvas provenientes de viticultura biológica.
Cada vez mais vemos o Douro a optar por uma agricultura biológica, uma agricultura que tenta aproveitar todas as formas de vida existentes no solo, utilizando produtos naturais em vez de produtos químicos.
Essas práticas têm também inspirado a viticultura duriense, o que leva a que o consumo de vinho biológico se encontre em franco crescimento em Portugal.
O objetivo é que o sistema vinícola se torne cada vez mais sustentável, dependendo menos das condições externas para o seu bom funcionamento.
Assim sendo, os vinhos biológicos combinam as melhores práticas modernas com os saberes tradicionais da agricultura.
