

São três as sub-regiões que dividem a Região Demarcada do Douro. Denominadas de Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, são três regiões distintas, devido a fatores climáticos e socioeconómicos.
Baixo Corgo
O Baixo-Corgo cobre toda a margem direita do Rio Douro, desde Barqueiros até ao Rio Corgo (Régua). Abrange os concelhos de Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Peso da Régua, Armamar e Lamego.
Esta é a região com um menor território, mas com maior percentagem na ocupação de vinhas plantadas.
Tem uma elevada produção de vinhos do Porto, sendo o berço da viticultura na região do Douro. No entanto, também se tem vindo a revelar uma excelente qualidade na produção de vinhos de mesa. Os vinhos aqui produzidos são geralmente mais jovens e frescos, e apresentam um carácter frutado.
Esta região produz vinhos do Porto mais jovens devido ao seu clima, mais ameno e chuvoso que nas restantes sub-regiões. É também a região mais fértil e com maiores rendimentos das vinhas.
Com uma média de 14000 hectares de plantação e 16000 produtores, existem poucos hectares para cada produtor.
Cima Corgo
O Cima Corgo apoia-se no Baixo Corgo, prosseguindo para oeste, até ao Cachão da Valeira. Abrange os concelhos de Tabuaço, Sabrosa, Alijó, Murça e São João da Pesqueira.
A paisagem desta sub-região é totalmente distinta das restantes. As encostas formam um relevo acidentado e os vales dos rios constituem formações geológicas constituídas por xisto, sendo o solo mais agreste.
O clima é mais seco e os rendimentos são baixos. O Cima Corgo contém a maior concentração de vinhas históricas de alta qualidade.
Existe pouca incidência de chuvas, o que leva a que os vinhos sejam mais concentrados, com um maior potencial para o envelhecimento. Aqui se encontram localizados os principais produtores de Vinho do Porto.
O Douro Superior apoia-se no Cima Corgo e vai até à fronteira espanhola. Abrange os concelhos de Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Freixo de Espada à Cinta, Vila Nova de Foz Côa, Mêda e Figueira de Castelo Rodrigo.
É a maior de todas as sub-regiões e também a que tem o clima mais quente e seco. O seu relevo é menos acidentado, constituindo inclinações mais suaves, tornando mais fácil a mecanização. Devido à reduzida precipitação as vinhas produzem menos, no entanto dão origem a alguns dos melhores Vinhos do Porto Vintage.
A produção vinícola é uma das coisas mais relevantes em todas as sub-regiões, no entanto a região do Douro Superior afirma-se especialmente pela sua fauna e flora e pelos vestígios históricos.
Devido à sua posição geográfica comparativamente às restantes sub-regiões, aparenta estar mais isolada, tirando partido de uma menor intervenção humana, mantendo a sua paisagem e biodiversidade melhor preservadas.
Esta sub-região era conhecida como o “Novo Douro”, pois a viticultura só se veio a desenvolver em grande escala a partir de 1791, quando as rochas que obstruíam o Cachão da Valeira foram retiradas e o rio ficou aberto à navegação.